Jornada de Obstetrícia e Ginecologia da Santa Casa de São Paulo

Dados do Trabalho


Título

PROLAPSO DE ORGAOS PELVICOS: PERFIL SOCIODEMOGRAFICO E CLINICO DAS USUARIAS DE UM AMBULATORIO DE UROGINECOLOGIA

Objetivos

Avaliar a correlação entre estadiamento dos POPs com idade das pacientes, número de gestações, partos (normal, cesárea ou fórceps) e peso do maior recém-nascido via vaginal.

Métodos

Avaliamos prontuário de 129 pacientes com POP operadas entre março/2023 e fevereiro/2024, no Departamento de Uroginecologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Os POP foram classificados em estádios, estadio 0 e 1: POP-E0/E1 (n=20), estadio 2: POP-E2 (n=62), estadio 3: POP-E3 (n=32) e estadio 4: POP-E4 (n=15). Avaliou-se para os subgrupos, o número de gestações, tipos de partos anteriores e peso do maior recém-nascido via vaginal.

Resultados

A idade das pacientes variou de 34 a 83 anos. As pacientes que apresentaram POP-E4 eram mais velhas que os outros grupos (POP-E0/E1:55.2±11.5, POP-E2:55.6±10.4, POP-E3:60.9±8.6, POP-E4:67.9±8.1; p<0.001). A maioria das pacientes dos subgrupos POP-E0/E1 e POP-E2 tinham histórico de nenhum ou no máximo dois partos via vaginal ou fórceps (75.0% e 78.7%, respectivamente), enquanto aproximadamente metade das pacientes do subgrupo POP-E3 tinha este histórico (56.3%). Já o subgrupo POP-E4, a maioria das pacientes tinha histórico de ≥3 partos vaginais. Não houve diferença entre o número de gestações ou peso dos RN entre os diferentes graus de prolapso.

Conclusões

Os resultados mostraram que as pacientes com POP mais graves, estadio 4, tem idade mais avançada e histórico de maior número de partos via vaginal.

Referências Bibliográficas

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Área

Categoria Ayres Neto para o pôster de Ginecologia

Instituições

Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo - Brasil

Autores

BEATRIZ MARIA VILLAR DE CARVALHO BARBOSA, Renata Pinto de Souza Sawaia, Bruno Henrique Menegati Brito, Silvia da Silva Carramão, Camila Yurika Tomonaga