Dados do Trabalho

Título

AVALIAR AS CARACTERISTICAS OBSTETRICAS E PERINATAIS DAS GESTAÇOES ENTRE 32 A 36 SEMANAS INTERNADAS EM UM HOSPITAL PUBLICO EM SAO PAULO

Objetivos

Avaliar as características obstétricas e perinatais das gestantes entre 32 a 36 semanas e 6 dias internadas para o parto em um hospital público de São Paulo, no período de janeiro a dezembro de 2022.

Métodos

Trata-se de uma pesquisa de caráter transversal retrospectiva em que analisamos 293 prontuários. Os dados obtidos foram : paridade, idade gestacional, tipo de parto, episiotomia, pesquisa do Streptococcus agalactiae, sexo fetal, apgar do 1º e 5º minuto, clampeamento tardio do cordão umbilical, contato pele a pele, amamentação na 1ª hora e acompanhante durante a internação. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética número 64801422.5.0000.5479. Para estudo estatístico utilizamos Teste de Qui-quadrado e Teste de Mann-Whitney e o nível de significância foi de 5%.

Resultados

Resultados: Os casos foram divididos em dois grupos: grupo A com 160 casos e peso fetal ≤ 2500g e grupo B com 133 pacientes e peso fetal > 2500g. As primigestas corresponderam a 51.2% das internações, 52.6% foram parto cesárea, 52.6% apresentaram idade gestacional ≥ 36 semanas. As características obstétricas foram: a média do apgar de 1º minuto foi de 7 (DP±2) no grupo A e de 8 (DP±2) no grupo B (p= 0.011), clampeamento tardio do cordão umbilical ocorreu em 40.6% do grupo A e do grupo B foi de 71.4% (p< 0.001), amamentação na 1ª hora foi indicada em 21.2% do grupo A e foi recomendada em 49.6% do grupo B (p <0.001) e um acompanhante esteve presente durante a internação hospitalar em 77.5% do grupo A e do grupo B 91.7% estavam com acompanhantes (p=0.001).

Conclusões

Nosso estudo mostrou que os recém-nascidos com peso fetal maior que 2500g apresentam características obstétricas e perinatais mais favoráveis durante e após o parto.

Referências Bibliográficas

1) BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida. Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde. 2017

2) HUANG, H. et al. Investigation of association between environmental and socioeconomic factores and preterm birth in California. Environment International, v. 121, p. 1066-1078, Dec. 2018.

3) Manual de recomendaciones en el embarazo y parto prematuro Uruguay. Ministerio de Salud. Organización Panamericana de la Salud. Montevideo, 2019.

4) ACOG. Prevention of group B streptococcal early-onset disease in newborns: ACOG committee opinion, number 797. ObstetGynecol, 2020; 135(2): e51–72.

5) DIAS BAS, et al. Prematuridade recorrente: dados do estudo “Nascer no Brasil”. Rev Saude Publica, 2022; 56: 7