Dados do Trabalho

Título

VARIAÇAO DO PLEXO HIPOGASTRICO INFERIOR EM CASO CIRURGICO DE ENDOMETRIOSE PROFUNDA - RELATO DE CASO

Introdução

A endometriose é uma doença inflamatória crônica hormônio dependente que cursa com dor pélvica e dispareunia, sendo o exame físico e a complementação radiológica fundamentais para o mapeamento das lesões, que mais comumente estão localizadas no compartimento posterior da pelve. A cirurgia para exérese de focos é uma das opções de tratamento e requer domínio da anatomia, que envolve o conhecimento dos plexos nervosos. O plexo hipogástrico inferior (PHI) é formado pela união dos nervos hipogástricos e nervos esplâncnicos pélvicos, com componente parassimpático e simpático, e apresenta ramificações para bexiga, vagina, útero e reto. Esses ramos podem apresentar variações, o que traz desafio à cirurgia, além de impactar a função miccional, evacuatória e de lubrificação vaginal no pós-operatório.

Descrição do caso

Descreve-se relato de caso de paciente do sexo feminino, 33 anos, com dor pélvica crônica e dispareunia de profundidade, refratária a hormonioterapia, com espessamento bilateral dos ligamentos uterossacros e ressonância magnética evidenciando endometriose em compartimento posterior. Optou-se pelo tratamento cirúrgico por videolaparoscopia para exérese dos focos. Durante a dissecção do espaço pararretal medial esquerdo, evidenciou-se variação anatômica do plexo hipogástrico inferior: nervo hipogástrico esquerdo mais cranial e curto; nervo hipogástrico acessório; duplicação dos ramos da vesicais; ramos retal e vaginal originados de tronco único. Não houve complicações intraoperatórias e a paciente evoluiu bem no pós operatório, sem disfunções orgânicas

Relevância

As variações apresentadas pelo plexo hipogástrico inferior trazem desafios à cirurgia e podem impactar clinicamente no pós-operatório da paciente. Portanto, o caso reafirma a importância do conhecimento anatômico e da condução adequada dos casos semelhante

Comentários

A complexidade da inervação pélvica traz a necessidade de cirurgias seguras que incluem a preservação nervosa.

Referências Bibliográficas

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